D E S P E R T E N C I M E N T O
QUIETINHA
ENCOLHIDA
ESPERA O TEMPO PASSAR
COM DIFICULDADES
ISSO NÃO LHE É COMUM,
MAS...NECESSÁRIO NESSE DIA.
SENTE-SE ESTRANHA
NESSE LUGAR
QUER SILÊNCIO
(IMPOSSÍVEL AGORA)
QUESTIONAMENTOS, ESTRANHAMENTOS, OLHARES
PENSOU: ISSO ME FAZ CHORAR!
MAS, NÃO É.
A VERDADE DA HORA
É QUE ESSE CHORO,
NO SILÊNCIO,
SEM LÁGRIMA PALPÁVEL,
ESSE CHORO SECO
FOI DE
D E S P E R T E N C I M E N T O
DESPERT (EN) CIMENTO
DO NÃO LUGAR
DA DUREZA
DO QUERER
NÃO ESTAR
ALI
ENCOLHIDA
QUIETA
Naiana
DO NÃO LUGAR
DA DUREZA
DO QUERER
NÃO ESTAR
ALI
ENCOLHIDA
QUIETA
Naiana
Ela acordou
Abriu os braços
E amanheceu canção
Isso não lhe era comum
Mas inevitável nesse dia
Verteu o dia
O arrastou para
Cada centímetro de seu corpo
O céu azul, os sons, os risos e desejos
Não se sentiu estranha
Fez parte
Integrou
E sorriu
E então compreendeu
O que lhe fugia às agruras
Dessa vida
É que o pertencer
Faz-se
Sem perceber
Desperta na alma
Quase sem intenção
Como um quase não querer
Um toque e nada mais
Pérola
A primeira poesia, de Naiana, amiga querida, é poeta de nascença.
A segunda um diálogo, quase papo de bar.
Dessas conversas em que a gente pesca a amizade
E leva para casa para alimentar a alma.
Imagem: OBRANCO
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